31 de julho de 2025 17:06
De acordo com novas da (AIE), a energia renovável ultrapassará o carvão e se tornará a principal fonte mundial de eletricidade "até 2026, no máximo".
O crescimento das energias renováveis é impulsionado pelo aumento extremamente rápido da produção eólica e solar, que ultrapassou 4.000 terawatts-hora (TWh) em 2024 e passará de 6.000 TWh até 2026.
A energia eólica e solar estão cada vez mais de políticos populistas de direita, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o partido Reform na Grã-Bretanha.
No entanto, juntas, elas atenderão a mais de 90% do aumento na demanda global de eletricidade até 2026, diz a AIE, enquanto o crescimento moderado da energia hidrelétrica contribuirá para o aumento das energias renováveis.
Com a energia nuclear e o gás também atingindo recordes até 2026, a geração de energia a carvão deverá diminuir — impulsionada pela queda na China e na UE — o que significa que as emissões do setor elétrico também diminuirão.
O gráfico abaixo ilustra essas mudanças profundas na matriz elétrica global — em particular, a ascensão meteórica das energias renováveis, impulsionadas pela energia eólica e solar.

Geração global de eletricidade por fonte, terawatts-hora, 1990-2026. Os valores para 2025 e 2026 são projeções. As energias renováveis incluem energia eólica, solar, hidrelétrica, bioenergia e geotérmica. Fonte: Atualização de meio de ano da AIE sobre eletricidade de 2025.
A AIE diz que as energias renováveis podem ultrapassar o carvão já este ano, dependendo dos impactos climáticos na produção de energia eólica e hidrelétrica.
Acrescenta que a mudança acontecerá até 2026, "no máximo", quando as energias renováveis deverão representar 36% do abastecimento global de energia, contra apenas 32% do carvão — a menor participação do combustível em um século.
A participação da geração global de eletricidade proveniente da energia eólica e solar combinadas aumentará de 1% em 2005 e 4% em 2015 para 15% em 2024, 17% em 2025 e quase 20% em 2026.
A redução global na geração de eletricidade a carvão resultará da e na UE, que só será parcialmente compensada pelos aumentos nos EUA, na Índia e em outras nações asiáticas.
A AIE atribui a queda futura do carvão ao "crescimento contínuo das energias renováveis e à maior substituição do carvão pelo gás em várias regiões". Diz-se que a energia a gás aumentará 1,3% este ano e no próximo.
No que diz respeito à energia nuclear, a AIE diz que o novo recorde de produção resultará da reativação de centrais no Japão, da produção “robusta” na França e nos EUA, bem como de novos reatores na China, na Índia e na Coreia do Sul.
A mudança para a energia eólica e solar está a acontecer, apesar de a demanda global de eletricidade estar prevista para crescer muito mais rapidamente nos próximos dois anos – a 3,3% e 3,7%, respectivamente – do que a média de 2,6% para 2015-2023.
A AIE diz que a nova demanda vem da indústria, dos aparelhos domésticos, do uso crescente de ar condicionado, da eletrificação contínua do aquecimento e do transporte, bem como da expansão dos centros de dados.
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