A equipe de analistas do Banco Mundial continua otimista sobre as perspectivas dos metais preciosos em seu último relatório, esperando que os preços do ouro subam nos próximos 18 meses, enquanto os preços da prata e do platina devem manter sua força recente até 2026.
Jeetendra Khadan, economista sênior, e Kaltrina Temaj, pesquisadora, do departamento de previsão do Banco Mundial, afirmaram que os preços dos metais preciosos subiram para níveis recordes no primeiro semestre de 2025. Essa alta foi liderada pelo ouro, que se aproximou de sua máxima histórica em meados de junho, em meio ao aumento das tensões geopolíticas e da incerteza econômica.
No primeiro semestre de 2025, os preços do ouro subiram quase 25%. Os analistas atribuem a recente alta dos preços do ouro ao aumento da incerteza política e das tensões geopolíticas.
Esse sentimento de aversão ao risco levou a uma recuperação significativa dos fluxos de entrada nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de ouro no primeiro trimestre de 2025, elevando a demanda de investimento ao seu nível mais alto desde 2022. Além disso, as compras dos bancos centrais continuam a apoiar a demanda por ouro, refletindo as estratégias de gestão de reservas dos bancos centrais em todo o mundo.
Enquanto isso, os preços da prata e do platina também experimentaram fortes altas no primeiro semestre do ano, com os analistas esperando que seus preços permaneçam elevados em 2025 e 2026.
Análise de Oferta e Demanda
Os analistas do Banco Mundial prevêem que os preços do ouro subirão cerca de 35% em relação ao ano anterior em 2025, antes de recuar ligeiramente em 2026, à medida que algumas das incertezas atuais começam a dissipar. No entanto, espera-se que os preços do ouro permaneçam bem acima das médias históricas em 2025-26, cerca de 150% mais altos do que a média de 2015-2019.
Os preços da prata também subiram 20% no primeiro semestre do ano, e com a atual relação ouro-prata ainda acima da média de 10 anos, isso sustenta uma tendência de alta estável nos preços da prata. O Banco Mundial espera que a demanda por prata permaneça robusta, sustentada por seus atributos duplos como insumo industrial e ativo de refúgio.
Os analistas também apontam que, em termos de oferta de prata, a produção global deve crescer de forma estável em 2025, principalmente impulsionada por uma expansão na produção de minas. A reciclagem de prata representa cerca de 20% da oferta global e deve permanecer estável este ano. No geral, espera-se que a forte demanda impulsione os preços da prata cerca de 17% em relação ao ano anterior em 2025, com um aumento adicional de 3% previsto para 2026.
O platina foi um dos metais preciosos com a maior alta no primeiro semestre do ano, subindo quase 30% e atingindo o nível mais alto em mais de uma década. Esta alta foi impulsionada principalmente por restrições de oferta, com a produção mineira prevista para cair para o nível mais baixo em cinco anos este ano.
No entanto, por outro lado, os analistas do Banco Mundial acreditam que a demanda por platina nos setores automotivo e industrial irá diminuir significativamente, sendo que esses dois setores representam quase dois terços da demanda global por platina. No geral, a oferta limitada irá sustentar os preços do platina, que devem subir 10% em relação ao ano anterior este ano e 2% em relação ao ano anterior em 2026.
