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Mineiros equatorianos questionam cobrança de taxas de inspeção pelo governo

  • jun 12, 2025, at 11:32 am

De acordo com o Mining Journal, o governo equatoriano pretende implementar um novo imposto sobre a mineração, com o objetivo de colmatar o défice orçamental, mas isso pode representar um duro golpe para o setor de exploração.

A taxa proposta de inspeção mineira (Tasa de Fiscalización Minera) deverá gerar 229 milhões de dólares em receitas fiscais anuais para o Equador, com a intenção de reforçar o monitoramento técnico e ambiental do setor. Este imposto aplica-se a todos os níveis de atividades mineiras, exceto à mineração em pequena escala.

A Câmara Mineira Equatoriana (CME) criticou fortemente esta medida, afirmando: "Este assunto nunca foi consultado com o setor e acreditamos que representa um obstáculo técnico significativo para o desenvolvimento responsável e sustentável do setor mineiro."

Embora reconheça a necessidade de um maior controlo estatal e de uma maior regulamentação do setor, a CME criticou a estrutura do imposto. Este é cobrado por hectare, com diferentes taxas de imposto para projetos em várias fases.

A CME alega que "para projetos de mineração de médio e grande porte, especialmente aqueles na fase de exploração, esta abordagem não é viável".

O montante final do imposto pode exceder o investimento de exploração do projeto, acrescentou a CME. "Isso torna a regulamentação um obstáculo, em vez de uma ferramenta."

Os maiores projetos de mineração do Equador incluem a mina de ouro Fruta del Norte da Lundin Gold e a mina de cobre e ouro Mirador da EcuaCorriente.

Exploração

A CME também criticou o novo imposto por impor encargos financeiros adicionais às empresas de exploração que não geram receitas, que se encontram na fase de crescimento mais vulnerável.

"Embora entendamos que, como uma taxa administrativa, não exija autorização legal formal, deve aderir aos princípios constitucionais de adequação, razoabilidade e igualdade. Pelo seu design, esta taxa não está relacionada com o custo dos serviços que presta ou com a capacidade económica dos contribuintes, e pode ter um impacto extraordinário nas atividades de exploração", afirmou a CME.

A análise da CME indica que esta taxa tornará o Equador menos competitivo na exploração em comparação com outros países latino-americanos. A taxa do Equador é de US$ 11,5 por hectare, enquanto a da Colômbia é de US$ 6,7, a do Chile é de US$ 4,5 e a do Peru é de US$ 3.

"O Equador é o país mais caro para a exploração na região, e o novo imposto torna essa diferença ainda mais acentuada", disse a CME.

Em 2024, o investimento em exploração no Equador foi de US$ 67 milhões, em comparação com US$ 493 milhões na Argentina, US$ 568 milhões no Peru e US$ 637 milhões no Chile.

Em outros aspectos, o custo da construção de minas no Equador é relativamente alto. Embora o país ofereça aos investidores em mineração a capacidade de assinar acordos de proteção de investimentos, estabilizando assim suas situações financeiras, sua lei de mineração adota uma taxa de royalties flutuante que varia entre 3% e 8%, dependendo das mudanças nos preços dos metais. Sob os atuais preços do ouro e do cobre, as empresas de mineração estão enfrentando a situação da taxa de royalties mais alta.

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