- Contexto
O Ministério do Comércio anunciou que a Secretaria de Comércio Exterior do Brasil publicou o Aviso n.º 39 de 2025 no Diário Oficial em 3 de junho, decidindo iniciar uma investigação antidumping sobre as importações de bobinas laminadas a quente (HRC, na sigla em inglês) provenientes da China (em português: Laminados a quente) em resposta aos pedidos de três empresas: ArcelorMittal Brasil S.A., Gerdau Açominas S.A. e Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. Os códigos NCM dos produtos objeto de investigação são 72081000, 72082500, 72082610, 72082690, 72082710, 72082790, 72083610, 72083690, 72083700, 72083810, 72083890, 72083910, 72083990, 72084000, 72085300, 72085400, 72089000, 72111300, 72111400, 72111900, 72119010, 72119090, 72253000, 72254090 e 72269100. O período de investigação de dumping para este caso é de julho de 2023 a junho de 2024, e o período de análise de danos é de julho de 2019 a junho de 2024.
- Exportações de HRC para o Brasil aumentam ano a ano em 2025, mas a média mensal permanece abaixo de 60.000 toneladas
Figura 1 - Volume Total de Exportação e Comparação Anual dos Produtos Chineses em Investigação de 2022 a Abril de 2025
De acordo com dados da Administração Geral de Alfândega, o volume de exportação dos produtos em investigação na China apresentou um aumento ano a ano desde 2022, com crescimento exponencial em 2023. Em 2024, o volume anual de exportação dos produtos em investigação atingiu 25.105.300 toneladas. Até abril deste ano, o volume de exportação já atingiu 7.807.300 toneladas, representando um aumento de 16,77% em relação ao mesmo período do ano anterior (o volume de exportação no mesmo período de 2024 foi de 6.686.200 toneladas), com uma média mensal de 1.951.800 toneladas.
Figura 2 - Volume Total de Exportação e Comparação Anual dos Produtos Chineses em Investigação para o Brasil de 2022 a Abril de 2025
O volume total de HRC exportado da China para o Brasil também cresceu rapidamente nos últimos anos, aumentando de 100.000 toneladas/ano em 2022 para 600.000 toneladas/ano em 2024, um aumento de seis vezes. Com base nos dados dos primeiros quatro meses deste ano, a China exportou um total de 211.000 toneladas de HRC para o Brasil, representando um aumento de aproximadamente 130,02% em relação ao mesmo período do ano anterior (o volume de exportação no mesmo período de 2023 foi de 91.700 toneladas). No entanto, em termos absolutos, a média mensal dos primeiros quatro meses ainda é inferior a 60.000 toneladas métricas, o que é significativamente diferente da média mensal do volume de exportação de chapas laminadas a quente (HRC) domésticas.
- A Participação da China nas Exportações de HRC para o Brasil é Inferior a 3%, com Impacto Insignificante das Medidas Antidumping
Tabela 1 - Rácio do Volume Total de Exportação dos Produtos em Investigação para o Brasil em relação ao Volume Total de Exportação da China de 2022 a Abril de 2025
Em termos do volume total de exportação dos produtos em investigação para o Brasil como proporção do volume total de exportação da China, o rácio global flutua entre 1% e 3%. Em 2022, este rácio foi de apenas cerca de 1%, indicando um impacto efetivo mínimo. Em 2025, o volume total de exportação dos produtos em investigação para o Brasil diminuiu mês a mês, enquanto o volume total de exportação dos produtos em investigação aumentou mês a mês, indicando que a China está a aumentar a proporção das exportações dos produtos em investigação para outros países.
No geral, de acordo com os dados da Administração Geral das Alfândegas, o volume total de exportação de HRC da China para o Brasil nos primeiros quatro meses de 2025 foi de apenas 211.000 toneladas métricas, representando 2,70% do total das exportações de HRC da China, com um impacto global limitado. Os dados de 2025 mostram que os cinco principais países para as exportações de HRC da China são o Vietname, o Paquistão, a Arábia Saudita, a Coreia do Sul e os Emirados Árabes Unidos. Entre eles, o Vietname e a Coreia do Sul iniciaram investigações antidumping sobre as HRC da China. O Vietname já impôs medidas antidumping provisórias, e até houve recentemente rumores de que as bobinas largas, anteriormente excluídas do âmbito das medidas antidumping, podem ser novamente adicionadas à lista de medidas antidumping. Em 4 de março deste ano, a Coreia do Sul anunciou oficialmente o início de uma investigação antidumping sobre as bobinas de HRC da China. Atualmente, as HRC da China, o maior produto siderúrgico exportado, estão a enfrentar um número crescente de investigações antidumping. Talvez, para os comerciantes de exportação, explorar formas de aumentar o volume de exportação de produtos que ainda não estão sujeitos a medidas antidumping possa ser uma estratégia sábia.
A SMM irá acompanhar em tempo real o progresso e o impacto das investigações antidumping no exterior sobre os produtos siderúrgicos. Fique atento aos relatórios relevantes. Para mais informações, siga a conta oficial da SMM.



