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Os preços do cobre podem ter mais espaço para subir em 2026

  • jun 03, 2025, at 2:36 pm

Nas últimas semanas, tem havido um intenso debate sobre as perspectivas do mercado de cobre no segundo semestre (S2) de 2025. Em termos de oferta, novas instalações de produção estão entrando gradualmente em operação. No entanto, esse processo pode não alcançar um nível suficiente para inundar o mercado de oferta tão cedo. Segundo o mining.com, o Grupo Internacional de Estudos do Cobre (ICSG) prevê que a produção mundial de cobre de mina aumentará em cerca de 2,3%, para mais de 23,5 milhões de toneladas métricas (mt) em 2025, impulsionada pelo aumento da produção de vários grandes projetos. Minas como Kamoa-Kakula, na República Democrática do Congo (RDC), e Oyu Tolgoi, na Mongólia, estão aumentando a produção, juntamente com uma onda de projetos menores da África à Ásia que também estão aumentando a produção.

Enquanto isso, a produção de cobre refinado deve aumentar quase 3% este ano, à medida que as fundições expandem sua capacidade, particularmente na China. À primeira vista, isso parece ser uma tendência de queda para os preços, já que uma maior oferta de metal deveria aliviar a escassez. A última previsão semestral do ICSG indica um excedente de 289.000 mt em 2025, mais do que o dobro do excedente do ano anterior. Se essa previsão se concretizar, marcará o terceiro ano consecutivo em que a oferta superou a demanda, o que é claramente um fator de pressão sobre os preços.

Apesar disso, a oferta física de cobre continua a enfrentar gargalos.

Nem todo o cobre é igual, e a produção de muitas novas minas é na forma de concentrados, que ainda exigem fundição. A escassez de concentrados levou as taxas de tratamento das fundições a um território negativo, uma situação incomum que indica que as fundições estão lutando para garantir matérias-primas.

Entre outros fatores, o fechamento da enorme mina Cobre Panamá no ano passado exacerbou a escassez de oferta de concentrados. Os analistas do ICSG observam que, embora a produção de cobre refinado esteja aumentando atualmente, a escassez de concentrados pode, na verdade, levar a uma queda de 1,5% na produção de cobre refinado até 2026, a menos que a reciclagem de sucata aumente.

**Os EUA Estão Estocando Cobre?**

Todos esses fatores juntos criam um paradoxo nas atuais perspectivas do mercado de cobre. Teoricamente, a oferta de cobre é adequada, mas nem sempre está disponível na forma certa ou no local certo. Essa é a principal razão pela qual os traders continuam otimistas. Como a Trafigura e outras empresas apontaram nos últimos anos, décadas de subinvestimento deixaram poucas grandes minas capazes de atender ao crescimento da demanda futura. E como as políticas comerciais redistribuíram efetivamente uma parte significativa dos estoques globais de cobre, podem ocorrer escassezes localizadas mesmo quando a oferta global parece adequada.

O ICSG reconhece que os novos “fatores de demanda, como tecnologias de transição energética e centros de dados”, absorverão quantidades significativas de cobre, ajudando a compensar o impacto da desaceleração do setor manufatureiro.

Para os compradores, a chave é observar a dinâmica da oferta em nível regional. Notavelmente, o estoque nos armazéns da CME (EUA) subiu para o nível mais alto desde 2018, enquanto o estoque na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Xangai diminuiu para mínimos de vários anos.

Isso reflete que o cobre está sendo enviado para os EUA antes da imposição de tarifas. Se as tarifas forem implementadas e as compras dos EUA esfriarem, o estoque voltará a fluir. No entanto, se as barreiras comerciais persistirem, os mercados estrangeiros podem se apertar. Esses obstáculos implicam que a oferta global não é tão simples quanto um único número de superávit no papel.

**Perspectivas para o Mercado de Cobre: Volátil, com Potencial de Alta**

Olhando para o segundo semestre de 2025, a maioria dos especialistas antecipa uma volatilidade contínua dos preços, em vez de uma tendência unidirecional. O consenso entre os analistas seniores é de que os preços do cobre “andarão com cautela” nos próximos meses, sem queda ou alta acentuadas, mas continuando a flutuar rapidamente em resposta aos desenvolvimentos das notícias.

A última pesquisa de commodities indica que os preços do cobre terão uma média de US$ 9.500 por tonelada métrica (aproximadamente US$ 4,50/lb) este ano, ligeiramente acima da média de 2024. Na prática, isso significa que os preços ficarão entre US$ 4,40 e US$ 4,50 por lb no segundo semestre. Para muitos fabricantes, esse é um nível gerenciável, embora significativamente mais baixo do que os picos anteriores.

**Alguns Esperam Mais Espaço de Alta no Mercado de Cobre**

No entanto, há opiniões de que os preços do cobre podem romper para cima. Analistas do Deutsche Bank apontam que, se a recuperação econômica global (particularmente fora da China) ganhar impulso, isso “poderia elevar os preços no segundo semestre de 2025”, potencialmente empurrando os preços para acima de US$ 10.000 por tonelada métrica até 2026.

A resolução ou o alívio da disputa comercial entre os EUA e a China seria outro catalisador de alta. Muitos especialistas acreditam que a eliminação das preocupações com tarifas poderia liberar a demanda reprimida e reduzir a diferença de preços entre o Oriente e o Ocidente. Por outro lado, a escalada dos conflitos comerciais ou uma recessão económica representariam riscos de desaceleração. Por exemplo, a Cochilco alerta que, se as atuais condições económicas fracas persistirem ou se agravarem, as suas previsões para o preço do cobre serão ainda mais revistas em baixa.

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