De acordo com um relatório da Reuters citado pela Mining Weekly (MiningWeekly), um estudo divulgado pelo Instituto do Cobalto (Cobalt Institute) na quarta-feira previu que o crescimento da demanda por cobalto superará a oferta, com o excedente de cobalto em 2024 previsto para diminuir e uma possível escassez no início da década de 2030. O relatório foi elaborado pela Benchmark Minerals Intelligence (Benchmark Minerals Intelligence).
A curto prazo, o futuro do mercado de cobalto dependerá das ações da República Democrática do Congo (RDC), o maior produtor mundial de cobalto. No final de fevereiro, o país decidiu implementar uma proibição temporária de exportação por quatro meses. O cobalto é um material crítico para a produção de baterias de lítio usadas em veículos elétricos (EVs).
No final de fevereiro, os preços do cobalto caíram para a menor cotação em nove anos. Para lidar com o excedente de mercado, este país da África Central implementou restrições às exportações. Desde então, os preços do cobalto subiram 60%, para US$ 16/lb.
Além da incerteza causada pela proibição de exportação da RDC, espera-se que a oferta global de cobalto cresça a uma taxa média anual de 5% nos próximos anos, com a participação da RDC no mercado global diminuindo de 76% no ano passado para 65% até 2030, à medida que a produção de cobalto da Indonésia aumenta rapidamente, elevando sua participação de 12% para 22%.
Enquanto isso, impulsionada pelo desenvolvimento do mercado de EVs, espera-se que a demanda global por cobalto (excluindo estoques governamentais) cresça a uma taxa média anual de 7%, atingindo 400 mil toneladas no início da década de 2030. Em 2024, o consumo global de cobalto deverá atingir 222 mil toneladas.
Até a década de 2030, espera-se que a participação do cobalto usado em EVs aumente de 43% em 2024 para 57%, à medida que o crescimento da demanda por smartphones, laptops, superligas e outras aplicações industriais desacelere.
O relatório afirmou que, em 2024, o mercado de cobalto terá um excedente de 36 mil toneladas, representando 15% da demanda, em comparação com 25 mil toneladas em 2023.



