De acordo com uma reportagem da Mining Weekly, citando a Reuters, o Ministério de Minas do Equador anunciou na segunda-feira que lançou um novo sistema de gestão de direitos mineiros para atrair mais investimentos em projetos de mineração e conter a mineração ilegal, após o sistema de direitos mineiros do país ter estado inativo por sete anos.
O antigo sistema de direitos mineiros foi encerrado em 2018 devido a preocupações com irregularidades, e desde então não foram emitidas novas licenças de direitos mineiros.
A ministra de Minas do Equador, Ines Manzano, declarou em uma coletiva de imprensa: "A mineração exige regulamentação para salvaguardar investimentos e promover um desenvolvimento ambiental e comunitário amigável".
O ministério abrirá o sistema de direitos mineiros em fases, começando com pequenas minas não metálicas, como calcário para cimento e argila para cerâmica. A próxima fase será aberta para pequenas minas metálicas em setembro. Outros tipos de mineradores terão acesso até o início de 2026.
Manzano disse que o Cadastro Nacional de Mineração integraria as informações de direitos mineiros de forma transparente e eficiente. A reabertura do sistema de direitos mineiros coincide com a regulamentação dos processos de licenciamento para pequenos mineradores não metálicos.
"Refinamos os regulamentos e emitiremos documentos normativos para promover o desenvolvimento saudável da indústria de mineração", disse Manzano.
O presidente Daniel Noboa prometeu combater quadrilhas de tráfico de drogas e impulsionar o desenvolvimento econômico. Ele ordenou a retomada do registro de direitos mineiros em outubro, conforme estipulado na nova lei de mineração, e também pediu ações contra a mineração ilegal de ouro.
O Equador extrai principalmente cobre, ouro e prata, com valores de exportação de minerais superiores a US$ 3 bilhões no ano passado. Apesar de seus abundantes recursos minerais, o país está atrasado em relação a outras nações andinas, como Peru e Chile, na mineração em grande escala, principalmente devido à oposição de comunidades indígenas e a decisões judiciais desfavoráveis.
O governo Noboa propôs uma nova lei de mineração, que enfrentou forte oposição da associação de mineração do país.
Na segunda-feira, a porta-voz do governo, Carolina Jaramillo, disse a jornalistas que as taxas dependeriam da escala e do tipo de projetos de mineração, e que estava em andamento um "diálogo aberto" com representantes do setor.



