De acordo com uma reportagem da Reuters citada pelo Mining.com, um relatório divulgado na quinta-feira mostrou que indústrias de alta emissão, como a química, combustíveis e metais, arranjaram 250 mil milhões de dólares em financiamento para a produção de materiais de baixo carbono. No entanto, o financiamento necessário para futuros projetos de materiais de baixo carbono é mais de cinco vezes superior ao valor atual.
Até à data, países industrializados emergentes, como a Indonésia e Marrocos, atraíram um quinto dos 250 mil milhões de dólares para investir em fábricas verdes, de acordo com um relatório da Mission Possible Partnership (MPP).
Atualmente, cerca de 69 projetos estão a utilizar energia limpa para produzir materiais e outros 65 projetos já garantiram financiamento, segundo o relatório.
O relatório também acompanhou projetos anunciados, mas não financiados, com um investimento total de 1,6 biliões de dólares, sendo que os países emergentes industriais da "Faixa Solar" representam 59% da cadeia de investimento, os EUA 18%, a UE 10% e a China 6%.
"A próxima geração de fábricas de grande consumo de energia só poderá produzir materiais, produtos químicos e combustíveis quando forem construídas em locais com eletricidade abundante, estável, de baixo custo e limpa", afirmou Faustine Delasalle, líder da organização.
"A nova Faixa Solar industrial do mundo ultrapassará os países ocidentais em áreas como o amoníaco e terá um impacto significativo na economia global", afirmou Delasalle.
A MPP, apoiada pela Industrial Transition Accelerator (ITA), foi criada durante a 28.ª Conferência das Partes (COP28) em Dubai para estimular o investimento necessário para projetos verdes. Delasalle é também membro executivo da ITA.
O relatório afirmou que as indústrias limpas em rápido crescimento incluem o amoníaco verde, que é utilizado para produzir fertilizantes, combustíveis de aviação limpos, etc.
Na indústria de metais, a indústria siderúrgica tem 33 projetos de siderúrgicas primárias de emissão zero líquido, mas 90 projetos precisam de garantir financiamento até 2030 para atingir as metas de emissão zero líquido. A indústria do alumínio tem 44 projetos, mas 165 projetos precisam de financiamento, segundo o relatório.



