De acordo com um relatório no site da BNAmericas, líderes empresariais do Brasil e dos Estados Unidos pediram maior cooperação entre os dois países em minerais críticos para enfrentar a escalada dos conflitos comerciais globais.
A Câmara de Comércio dos Estados Unidos para o Brasil, Amcham Brasil, e a Câmara de Comércio dos Estados Unidos (USCC) propuseram conjuntamente uma série de recomendações para aprofundar a cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos, com foco no fortalecimento das cadeias de fornecimento de minerais críticos e terras raras.
O documento foi apresentado aos governos dos dois países durante uma visita ao Brasil de uma delegação de inovação empresarial dos Estados Unidos, liderada por entidades dos dois países e que realizou eventos em Brasília e São Paulo de 3 a 6 de junho.
"Os minerais críticos são a base da economia global e se tornarão ainda mais importantes no futuro. Os Estados Unidos e o Brasil devem fortalecer sua parceria para garantir conjuntamente uma cadeia de fornecimento segura e responsável de minerais críticos. Nossa proposta é mutuamente benéfica para os dois países e ajudará a impulsionar a inovação e o crescimento", disse Marty Durbin, vice-presidente executivo de Políticas da USCC, que liderou a delegação da USCC ao Brasil.
"Por meio de iniciativas estratégicas e pragmáticas, esta proposta nos oferece uma oportunidade de explorar o potencial de ambos os países", acrescentou.
A proposta, desenvolvida por meio de um diálogo bilateral de longo prazo entre as duas organizações, delineia cinco iniciativas-chave:
◎Plano de Ação para o Diálogo sobre Minerais Estratégicos;
◎Mapeamento Geológico Conjunto;
◎Fornecimento de Financiamento e Garantias;
◎Tecnologia de Processamento de Minerais e Parcerias Comerciais;
◎Promoção do Envolvimento da Comunidade e Melhores Práticas para o Desenvolvimento Sustentável.
Essas recomendações de líderes empresariais dos dois países surgem em um momento em que a guerra comercial global iniciada pelo governo dos Estados Unidos expôs as vulnerabilidades das cadeias de fornecimento internacionais, particularmente as relacionadas aos minerais críticos.
A proposta do Brasil também surge em um momento em que setores específicos, como o de alumínio e aço, expressaram forte insatisfação com a decisão do governo dos Estados Unidos de aumentar as tarifas sobre esses produtos.



