O MiningWeekly, citando a Reuters, informou que a Vale, uma das maiores produtoras mundiais de minério de ferro, anunciou no dia 24 que, apesar da redução dos custos, seu lucro líquido no primeiro trimestre caiu 17% devido à queda nos preços do minério de ferro.
No primeiro trimestre, o lucro líquido da Vale foi de US$ 1,39 bilhão, abaixo dos US$ 1,68 bilhão esperados pelos analistas consultados pelo London Stock Exchange Group (LSEG).
A empresa afirmou que os lucros foram principalmente afetados pela queda nos preços do minério de ferro, com medidas de redução de custos e a valorização do real brasileiro frente ao dólar americano compensando parcialmente o impacto.
"Tivemos um início de ano estável, em linha com nossas metas de gestão para 2025", disse Gustavo Pimenta, CEO da Vale, em um relatório de resultados.
"Os custos estão mostrando um bom momentum", observou ele.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da empresa no primeiro trimestre foi de US$ 3,12 bilhões, uma queda de 9%, ficando próximo das expectativas dos analistas de US$ 3,16 bilhões.
O resultado esteve em linha com as expectativas, com o ônus dos custos sendo o mais leve, segundo o Itau BBA. No entanto, eles acrescentaram: "O impacto da queda nos preços superou o crescimento do volume de vendas e as reduções de custos".
No primeiro trimestre, o chamado custo em caixa C1 da Vale caiu 11%, para US$ 21/tonelada métrica. Esse custo é usado para medir as despesas de produção da mina ao porto.
Na semana passada, o relatório operacional da empresa mostrou que, devido às fortes chuvas, sua produção de minério de ferro diminuiu 4,5%, embora a Vale tenha contado com estoques para aumentar o volume de vendas.
No entanto, o preço de referência no mercado para o principal produto da Vale, o minério de ferro, caiu 16%, pressionando seus próprios preços de venda e levando a uma queda de 4% na receita líquida, para US$ 8,12 bilhões, ligeiramente superior às estimativas dos analistas de US$ 8,03 bilhões.
Analistas do Banco Santander acreditam que a Vale apresentou "dados operacionais sólidos", mas que esses dados "já estão refletidos nos preços".



