Na segunda-feira, horário do Leste dos EUA, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse em uma entrevista que os EUA estavam negociando acordos personalizados com 15 a 18 "parceiros comerciais-chave" e que um dos primeiros acordos a serem assinados provavelmente seria com a Índia.
A Índia pode ser a primeira a chegar a um acordo com os EUA?
Depois que o presidente Trump anunciou a imposição de tarifas globais abrangentes em 2 de abril, os mercados globais ficaram inquietos com a direção das tarifas. Apesar das constantes alegações do governo Trump de que estava negociando com vários países, até agora não foram anunciados acordos.
Bessent afirmou que os EUA já tinham feito progressos nas negociações e esperava que o primeiro acordo comercial fosse alcançado esta semana ou na próxima semana.
Ele afirmou que os EUA e a Índia provavelmente chegariam a um acordo nos próximos dias, que seria um dos acordos personalizados com 15 a 18 parceiros de "relações comerciais-chave".
Ele disse: "Muitos países apresentaram algumas propostas muito boas, e estamos avaliando essas propostas... Acho que a Índia será um dos primeiros acordos comerciais que assinaremos. Portanto, fique de olho nessa área."
Ele acrescentou que os EUA também tinham realizado negociações muito substantivas com o Japão e que as discussões com outros parceiros comerciais asiáticos também estavam avançando sem problemas:
"O vice-presidente Vance visitou a Índia na semana passada, e foram feitos progressos substanciais nas negociações. Como mencionei, nossas negociações com a Coreia do Sul também estão avançando muito bem, e acredito que também tivemos algumas negociações muito substantivas com nossos aliados japoneses."
Bessent também revelou que o presidente Trump estaria "intimamente envolvido" em cada um dos acordos comerciais personalizados com 15 a 18 parceiros comerciais-chave, mas que era crucial alcançar acordos de princípio o mais rápido possível.
Previsão de Potenciais Cortes de Juros na Europa
Bessent também mencionou a situação na Europa. Depois que a taxa de câmbio do euro em relação ao dólar americano se aproximou da paridade no início de janeiro, ela subiu quase 10% este ano.
Bessent acusou que os países europeus podem ter ficado "em pânico" com a força do euro em relação ao dólar americano desde o início das tensões comerciais.
Bessent disse: "Você verá o [Banco Central Europeu] começar a cortar os juros, tentando reverter a valorização do euro... Os europeus não querem que o euro se fortaleça. Temos uma política de dólar forte."
Durante sua participação nas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial na semana passada, Bessent realizou dezenas de conversas com autoridades visitantes.
Na terça-feira, horário do Leste dos EUA, ele participará da coletiva de imprensa regular da Casa Branca para divulgar as conquistas dos primeiros 100 dias do presidente Trump em seu segundo mandato, onde poderá enfrentar mais perguntas sobre as negociações comerciais.
