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【Análise da SMM】Aquisição Acelerada da Shenghe pela Peak: Terras Raras Africanas Tornam-se Campo de Batalha

  • set 27, 2025, at 11:06 am
  • SMM
Em setembro de 2025, com as aprovações sucessivas da Comissão de Concorrência Leal da Tanzânia e do tribunal australiano, a aquisição da australiana Peak Rare Earths Limited pela Shenghe Resources estava praticamente concluída. Avaliada em 195 milhões de dólares australianos (aproximadamente 917 milhões de yuans), a transação começou com um investimento inicial em ações em 2022 e foi finalizada após mais de três anos, destacando o posicionamento estratégico das empresas chinesas nos recursos de terras raras no exterior, particularmente nos ativos africanos do setor. A demanda global por terras raras continuou a crescer em meio à transição energética e ao avanço tecnológico, tornando a diversificação da cadeia de suprimentos uma prioridade estratégica para os países. Com suas abundantes reservas de recursos de terras raras e potencial de desenvolvimento, a África está atraindo a atenção de capitais e empresas globais.

Em setembro de 2025, com as aprovações sucessivas da Comissão de Concorrência Justa da Tanzânia e do tribunal australiano, a aquisição da australiana Peak Rare Earths Limited pela Shenghe Resources estava praticamente concluída. Avaliada em 195 milhões de dólares australianos (aproximadamente 917 milhões de yuans), a transação começou com um investimento inicial em capital em 2022 e foi concluída após mais de três anos, destacando o posicionamento estratégico das empresas chinesas em recursos de terras raras no exterior, particularmente nos ativos africanos de terras raras.

A demanda global por terras raras continuou a crescer em meio à transição energética e ao avanço tecnológico, tornando a diversificação da cadeia de suprimentos uma prioridade estratégica para os países. Com suas abundantes reservas de recursos de terras raras e potencial de desenvolvimento, a África está atraindo a atenção de capitais e empresas globais.


01 Linha do Tempo da Aquisição: Do Investimento Estratégico à Propriedade Total
A aquisição da Peak Company pela Shenghe Resources foi uma iniciativa estrategicamente executada passo a passo.

Em fevereiro de 2022, a Shenghe Resources, por meio de sua subsidiária integral em Singapura, adquiriu uma participação de 19,86% na Peak Company, tornando-se um acionista majoritário dessa empresa de capital aberto australiana. Isso marcou o início do posicionamento estratégico da Shenghe Resources no projeto de terras raras de Ngualla, na Tanzânia.

Em 14 de maio de 2025, o conselho da Shenghe Resources revisou e aprovou a aquisição de 100% do capital da Peak Company por sua subsidiária integral, Ganzhou Chenguang Rare Earth New Materials Co., Ltd., por um valor de 158 milhões de dólares australianos (aproximadamente 743 milhões de yuans).

Em julho de 2025, a entidade implementadora da aquisição foi alterada para Shenghe Resources (Singapore) Co., Ltd. Esse ajuste levou em consideração o fato de que a subsidiária de Singapura já detinha uma parte das ações da Peak Company, tornando-a mais favorável para a gestão integrada.

Em 4 de setembro de 2025, a Shenghe Resources anunciou que, devido à contínua alta nos preços de mercado de terras raras, o valor de aquisição seria aumentado em 23,42%, de 158 milhões para 195 milhões de dólares australianos. O preço ajustado permaneceu dentro da faixa de valuation previamente determinada por avaliações profissionais.

De 16 a 19 de setembro de 2025, a aquisição recebeu aprovações da assembleia de acionistas da Peak Company, da Comissão de Concorrência Justa da Tanzânia e do tribunal australiano, com todas as condições préviaA liquidação final deverá ser concluída em outubro de 2025.


02 As Minas Africanas de Terras Raras Possuem Excelente Dote e Grande Potencial

A principal vantagem dos recursos africanos de terras raras reside no seu excelente dote e enorme potencial.

Alto Teor e Complementaridade: As minas de terras raras descobertas em África geralmente exibem teores elevados. Por exemplo, o projeto Gakara no Burundi possui um teor total in situ de óxidos de terras raras tão alto quanto 47%–67%, enquanto a mina Steenkampskraal na África do Sul tem um teor médio de 14,4%. Isso significa que mais elementos valiosos de terras raras podem ser extraídos da mesma quantidade de minério. Além disso, embora as terras raras leves dominem, projetos como o projeto Lofdal na Namíbia são projetos de terras raras pesadas ricos em elementos críticos como térbio e disprósio, complementando os recursos tradicionais de terras raras pesadas da China.

Vastas Perspetivas de Exploração: Devido aos baixos níveis de exploração (a África Subsaariana já teve o segundo menor orçamento de exploração a nível mundial), a verdadeira extensão dos recursos africanos de terras raras pode estar longe de ser totalmente compreendida. Isso indica um potencial significativo para a descoberta de grandes novos depósitos no futuro.

No entanto, a indústria africana de terras raras como um todo permanece nos estágios iniciais de desenvolvimento. Além de muito poucas minas produtoras como Gakara, a grande maioria dos projetos (como Ngualla na Tanzânia e Songwe Hill no Malawi) ainda está na fase de exploração, estudo de viabilidade ou construção e ainda não estabeleceu capacidade estável de produção em massa.


03 Visão Geral dos Principais Projetos de Terras Raras em África
O panorama de recursos de terras raras do continente africano é moldado por vários projetos-chave, cada um em diferentes estágios de desenvolvimento.

O Projeto Ngualla na Tanzânia é atualmente um grande foco. É um ativo central da Peak Resources e o alvo da aquisição da Shenghe Resources. A mina possui recursos substanciais, com 18,5 milhões de toneladas de reservas de minério a um teor médio de 4,8%, equivalente a 887 mil toneladas de óxidos de terras raras (REO). A proporção de óxido de Pr-Nd é de aproximadamente 21,26%, que são elementos-chave para a fabricação de materiais de ímanes permanentes. O projeto deve iniciar a produção dentro de 24 meses após a decisão final de investimento. A Shenghe Resources considera a data de conclusão da aquisição como o ponto de decisão, com o tempo de comissionamento correspondente projetado para por volta do terceiro trimestre de 2027.

Além de Ngualla, outros projetos de terras raras na África também estão avançando ativamente. O Projeto Makuutu, em Uganda, desenvolvido pela empresa australiana Ionic Rare Earths, assinou anteriormente um memorando de entendimento com a Aluminum Corp da China para acelerar seu desenvolvimento e produção.

Na África do Sul, projetos significativos de terras raras incluem os projetos Phalaborwa e Steenkampskraal. O Projeto Lofdal, na Namíbia, é um dos únicos dois depósitos de terras raras pesadas do tipo xenotimo atualmente em desenvolvimento global e já concluiu testes de produção.

No geral, até 2029, espera‐se que o continente africano tenha até 8 projetos de terras raras iniciando produção, o que pode aumentar a participação da África na cadeia global de suprimentos de terras raras para 10%.

04 Oportunidades e Desafios para o Futuro das Terras Raras na África

Em termos de condições de desenvolvimento, a África apresenta um cenário duplo de vantagens de custo e deficiências em infraestrutura.

Atractividade de Custos e Políticas: Em países como o Quénia, os preços industriais de eletricidade podem ser tão baixos quanto US$ 0,06 por kWh, e o salário anual para engenheiros de mineração locais é de aproximadamente US$ 25,000, representando vantagens de custo significativas em comparação com países desenvolvidos. Entretanto, para atrair investimento estrangeiro, alguns países oferecem políticas preferenciais, incluindo reduções do imposto sobre o rendimento das empresas, isenções de direitos de importação para equipamentos e até mesmo permitindo 100% de propriedade estrangeira.

Deficiências em Infraestrutura e Cadeia Industrial: As desvantagens são igualmente evidentes. Muitas áreas de mineração estão longe dos portos, e infraestruturas como estradas, eletricidade e abastecimento de água são severamente inadequadas, aumentando significativamente a dificuldade e os custos de desenvolvimento. Mais importante ainda, o continente africano tem atualmente uma escassez extrema de capacidades de fundição e separação para terras raras, bem como de capacidade de processamento profundo. A prática atual envolve principalmente a exportação de concentrados de terras raras, resultando na maioria das atividades de valor agregado sendo realizadas no exterior.

De uma perspetiva global, o valor estratégico dos recursos de terras raras da África é cada vez mais proeminente, mas existe dentro de um ambiente externo complexo.

Chave para a Diversificação da Cadeia de Suprimentos: No contexto de grandes consumidores globais buscarem "desvinculação da China" em seus suprimentos de terras raras, a África é vista como uma região crítica para a construção de uma cadeia diversificada e resiliente. Por exemplo, o Departamento de Defesa dos EUA manteve discussões com empresas de terras raras que desenvolvem projetos no Malawi e no Burundi, enquanto o Japão participou do desenvolvimento de um projeto de terras raras pesadas na Namíbia.

Competição entre Grandes Potências e Riscos Internos: Esse valor estratégico também torna o desenvolvimento dos recursos de terras raras da África um ponto central da competição entre grandes potências. Ao mesmo tempo, os investimentos enfrentam riscos internos; por exemplo, a Tanzânia já ocupou o segundo lugar globalmente no "Índice de Nacionalismo de Recursos", e a estabilidade das políticas de mineração é um desafio crucial que os investidores precisam monitorar de perto.

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