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AIE pede utilização de reservas de petróleo quando necessário, OPEP critica medida por criar pânico

  • jun 14, 2025, at 7:52 pm

Na sexta-feira (13 de junho), hora local, a Agência Internacional de Energia (AIE) declarou estar preparada para liberar reservas emergenciais de petróleo caso o mercado de petróleo bruto enfrentasse escassez após o ataque de Israel ao Irã.

Essa declaração gerou críticas de seu "rival", a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que afirmou que tais comentários só criariam um sentimento de pânico no mercado.

A AIE representa principalmente alguns países consumidores de petróleo, enquanto a OPEP representa os principais países produtores de petróleo. Nos últimos anos, as duas organizações têm continuado a ter desentendimentos sobre questões como tendências da demanda global de petróleo e o ritmo da transição energética.

Fatih Birol, diretor-executivo da AIE, declarou que a oferta atual do mercado era suficiente, mas que a agência estava pronta para agir, se necessário. Ele acrescentou que o sistema de segurança petrolífera da AIE tinha 1,2 bilhão de barris de reservas estratégicas e emergenciais de petróleo.

Em resposta, Haitham Al Ghais, secretário-geral da OPEP, criticou a AIE por enfatizar repetidamente a necessidade de liberar reservas emergenciais de petróleo, uma medida desnecessária que criava alarmes falsos e provocava um sentimento de pânico no mercado.

Al Ghais enfatizou que não houve mudanças nem na oferta de petróleo bruto nem na dinâmica do mercado, portanto, "não havia necessidade de tomar medidas desnecessárias".

Vale ressaltar que, após o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia em 2022, os EUA e seus aliados coordenaram com a AIE para liberar reservas emergenciais de petróleo, uma medida também fortemente contestada pela OPEP na época.

Relembrando o incidente atual, segundo a CCTV News, Israel lançou um "ataque preventivo" contra instalações nucleares e alvos militares dentro do Irã nas primeiras horas da sexta-feira (13 de junho).

Influenciados por essa notícia, os preços internacionais do petróleo subiram significativamente, com o principal contrato futuro de petróleo Brent subindo 7%, para US$ 78,53 por barril em certo momento, o nível mais alto desde janeiro deste ano.

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Pouco antes da divulgação da notícia, a Agência de Notícias da República Islâmica do Irã informou que o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, condenou o ataque de Israel ao Irã naquele dia e afirmou que o Irã tomaria uma resposta legítima e vigorosa.

Essas declarações levaram os participantes do mercado a temer que a situação pudesse se agravar ainda mais, afetando potencialmente a infraestrutura energética do Irã e de seus países vizinhos, e até mesmo levando ao bloqueio do Estreito de Ormuz.

No início do dia, o JPMorgan Chase escreveu em um relatório que, se um conflito de maior escala eclodisse no Oriente Médio, levando ao bloqueio do Estreito de Ormuz, o mercado de petróleo bruto poderia enfrentar graves interrupções no fornecimento.

O JPMorgan Chase acreditava que, em circunstâncias geopolíticas extremas, os preços internacionais do petróleo poderiam quase dobrar, subindo para níveis entre US$ 120 e US$ 130.

"Os preços do petróleo subiram significativamente... e os movimentos futuros dependerão em grande parte de se o Irã repetirá o manual de 2019 de atacar petroleiros, oleodutos e infraestrutura energética crítica", escreveu Helima Croft, analista do RBC Capital Markets, em um relatório.

Em setembro de 2019, os rebeldes houthis do Iêmen lançaram um ataque com drones nas instalações de processamento de petróleo da Saudi Aramco, em Abqaiq, interrompendo 5,7 milhões de barris por dia da capacidade da Arábia Saudita e causando grave volatilidade no mercado. Existem preocupações de que um incidente semelhante ao "incidente de Abqaiq" possa se repetir.

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